segunda-feira, 28 de agosto de 2017

#19 História da Menina Perdida, Elena Ferrante

Agora que terminei toda a quadrilogia napolitana, e depois de penar pra escrever a resenha do anterior, me deparo com um desafio ainda maior que é escrever sobre o último – o que se torna impossível sem levar em conta todos, já que é uma sequência e a história vem se desenvolvendo ao longo de cada livro e vai-se conhecendo as personagens mais e mais.
A vida impõe desafios ainda mais tortuosos para Lenu e Lila. Elas vivem se aproximando e se distanciando; se magoando e se ajudando. No fim, acho que chego à conclusão que a quadrilogia é sobre a amizade, mas é também sobre a vida e sobre o processo inexorável de envelhecimento e (para muitos) de solidão. Triste e bonito. Mas eu sei que estou sendo reducionista e simplista e que é muito mais que isso. Talvez hoje eu não consiga expressar.

Comecei a série empolgadíssima e continuo. Achei umas das histórias mais bem narradas e amarradas que já li. Lenu tem uns insights (e Lila também é mostrada em algumas nuances) que demonstram como a autora construiu uma personagem sólida, tão real, tão humana, tão verossímil, que parece uma biografia de verdade. Por que não? Ninguém sabe quem Elena Ferrante é mesmo!

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

#18 Filosofia para Corajosos, Luis Felipe Pondé

Não achei que o livro cumpre o que promete: ensinar os leitores a pensar com suas próprias cabeças. Apesar disso, achei a leitura agradável. Vejo o Pondé como um cara meio polêmico (quem vê suas participações no Jornal da Cultura?), por isso creio que haja opiniões controversas e termos pejorativos, o que tira um pouco a seriedade do livro. Mas confesso que me diverti com várias passagens. É mais um bom tanto de opiniões dele sobre questões gerais e universais da filosofia e como elas podem ser encaradas. Nada muito profundo. Mas aguça a curiosidade para ler algo mais embasado e denso sobre os temas presentes nesse livro.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

#17 História de Quem Foge e de Quem Fica, Elena Ferrante

Depois de um longo e tenebroso inverno sem publicar (mas não sem ler), retomo as atividades do blog. Não resisti e já emendei com o 3º livro da série napolitana de Elena Ferrante, minha nova obsessão literária!!!!!
Aqui, no início, Lenu e Lila seguem seus caminhos independentes uma da outra. Algumas vezes temos um paralelo; em outras suas vidas se entrelaçam, mas elas parecem cada vez mais diferentes em suas escolhas. O contexto político da Itália (e até do mundo) nos anos 60 e 70 e o feminismo começam a fazer o pano de fundo para este livro. Mas logo são as escolhas pessoais de cada uma que delineiam quem elas são de fato e como elas se relacionam. Mas seria tão simples assim? Tive uma dificuldade imensa de escrever sobre esse livro (tanto é que já li dois outros e ainda pelejo para terminar esta resenha) porque achei ele mais perturbador que os anteriores. A violência está mais presente, a incompreensão e o preconceito contra mulheres independentes e que mandam em suas próprias vidas também. Mas o mosaico todo só se completa com o 4º livro da série. Ainda estou pensativa (sobre os dois!!!).