terça-feira, 30 de maio de 2017

#11 Os Irmãos Sisters, Patrick deWitt

Livro de abril da TAG (www.taglivros.com.br). História se passa no final do século XIX no oeste americano, durante a busca pelo ouro. Os irmãos Charlie e Eli são contratados para assassinar um garimpeiro. Ao longo da narrativa, além de passagens cômicas (prestem atenção aos hábitos de higiene bucal adquiridos por Eli), vai se desenrolando a natureza de cada um e vemos até como as transformações os afetam. Uma cumplicidade antiga está em jogo, mas cada um tem a sua contribuição para o desenrolar dos fatos, mesmo sendo Eli quem a narra. Mais um da série “Nunca tinha ouvido falar, mas gostei de conhecer”.
Detalhe: nunca tinha lido autor canadense até o livro anterior. Esse foi o 2º já na sequência!

domingo, 28 de maio de 2017

#10 A Fugitiva, Alice Munro

Taí uma grata surpresa. Confesso que não esperava muito (por ignorância minha), mas no fim me arrebatou. O 3º livro de contos do ano. Alice é canadense (e eu nunca tinha lido um autor ou autora canadense!), e todas as histórias se passam no Canadá, nunca numa cidade grande. Às vezes perto de uma. Em todos os contos as personagens principais são mulheres. E a delicadeza com que a autora trata das questões, da vida dessas mulheres, dos caminhos que seguem, das desilusões ou do não acontecer nada, é de emocionar. Se você não conhece o estilo da autora, não espere nada rápido, nenhum enredo cinematográfico. A beleza está no não-dito, no não-narrado, no não-realizado. Destaque para os contos “Peças”, “Paixão” e “Daqui a Pouco”.

terça-feira, 23 de maio de 2017

#9 O Jardim de Cimento, Ian McEwan

Autor inglês que está também entre os meus preferidos da atualidade. Esse livro é mais do início da carreira dele. Penso que McEwan tem uma maneira brilhante de construir os personagens. Quem sabe ainda analiso isso mais a fundo... Mas essa história em si, dos irmãos que vivem sozinhos na casa depois que os pais morrem e acabam assumindo outros papéis, poderia ter sido melhor desenvolvida. (ah, tá, se eu tivesse lido esse livro no ano passado, eu poderia ter dito isso na cara do sr. McEwan, quando ele veio ao Brasil... até parece...). Mas na hora que eu achei que o enredo ia decolar, acabou. Dos seis romances dele que eu já li, achei esse um dos menos interessantes – não pelo interesse na história em si, mas pelo desfecho.

Do mesmo autor, eu super recomendo Enclausurado, o mais recente, A Balada de Adam Henry e Reparação (que rendeu o belíssimo filme Desejo e Reparação, com Keira Knightley e James McAvoy nos papéis principais).

terça-feira, 16 de maio de 2017

#8 A Câmara Sangrenta e outras histórias, Angela Carter.

Definitivamente, este é o ano dos contos. Depois de Tchekhov, engatei o livro de março da TAG (www.taglivros.com.br). Confesso que não conhecia a autora. Eu que me acho tão sabida.... Serve pra gente se situar, néam?
Pois que era uma coletânea de contos de inspiração nos contos de fadas, mas com um viés bem mais transgressor, digamos. Escrevendo do ponto de vista da personagem feminina, Angela consegue conferir atemporalidade e, ainda assim, dialogar com elementos das histórias tradicionais. Algumas muito legais. Outras nem tanto. Destaque para a que dá o título ao livro e "O Gato de Botas". Valeu a experiência. Conhecer. Esse é meu verbo.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

#7 O Beijo, Anton Tchekhov

Acho que nunca li tantos livros de contos como este ano. Me apaixonei pela narrativa de Tchekhov por volta de 2008 nas aulas de Introdução aos Estudos Literários da Betina Bischof, na USP, (obrigada, professora!!!). Comprei 3 livros de contos dele. Já havia lido um com narrativas mais curtas. Já esse tem histórias mais longas. 
Tenha em mente que o autor está escrevendo na virada do século XIX para o XX, na Rússia czarista. Dependendo de como se lê, pode-se pensar que o conto não é sobre nada em especial. Mas, assim como Machado de Assis, Tchekhov retrata a natureza humana nas coisas mínimas e aparentemente mais simples. Encanta. Emociona. Cativa. Só tenho mais uma coisa a dizer: leia Tchekhov!

domingo, 7 de maio de 2017

#6 Escrevendo no Escuro, Patrícia Melo.

Patrícia Melo é uma das minhas autoras preferidas. Eu a conheci na década de 90 e já li quase tudo que ela escreveu. Escrevendo no Escuro é o penúltimo e difere dos outros porque é um livro de contos. Ela imprime seu estilo visceral, policial às narrativas desse livro de contos, quase da mesma forma que consegue fazer nos romances. Algumas histórias conseguem empolgar mais que outras. Alguns personagens voltam em outras histórias (gostei do recurso!), mas pra mim ficou aquele gostinho de “deixe-me ler um de seus romances, vai!”. Os destaques são os contos “Cecília – Take 1” e “Síndrome do Pânico”.

Se interessaram pelos romances da Patrícia Melo? Procurem por O Elogio da Mentira, Inferno e O Matador (que inspirou o filme O Homem do Ano, razoável, perto da abrangência do romance.)

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Pausa para falar da TAG Experiências Literárias

Já que vocês vão ver muitos posts meus sobre livros do mês da TAG Experiências Literárias, resolvi escrever um post (não-patrocinado, mas sim do coração) sobre eles. Funciona assim: você paga uma assinatura mensal e todo mês recebe (depois de aguardar ansiosamente) pela sua caixinha, que vai conter o kit do mês. Nele vem um livro que não foi divulgado que é escolhido por um curador renomado (pode ser um escritor brasileiro ou estrangeiro, um crítico literário, alguém do ramo das artes, em geral), uma revistinha com textos sobre o curador, sobre o autor do livro do mês, sobre o livro do mês e com curiosidades relacionadas ao livro, além de um brinde/mimo também relacionado ao livro do mês – já teve marca-páginas imantados, calendário literário, ímã de geladeira etc. O que é legal é que na última página da revistinha também tem o curador do mês seguinte dando dicas sobre o livro do mês seguinte. Se você já leu o livro, é muito provável que vá advinhar. Eu já advinhei livros que não havia lido, mas cuja história eu conhecia. Outros advinhei porque quis investigar as dicas e cheguei a um candidato provável (estava certa!). E em outras vezes não tinha qualquer ideia de que livro nem que autor ou autora era.
Pra quem tem tempo de acompanhar, há um canal no You Tube, em que comentaristas falam sobre os livros do programa, e um Blog com outras curiosidades. Confesso que exploro pouco ainda...
Eu sou assinante desde abril de 2016 (faz um ano!), e todo mês tem sido uma grata surpresa, uma emoção e, na maioria das vezes, um prazer enorme ler uma obra tão interessante.
O que é mais legal na TAG, além do kit já ser uma graça, preparado com toda a dedicação e amor com edições exclusivas, é que te coloca em contato com autores que talvez você não leria normalmente, te faz sair da sua zona de conforto literária, digamos. Foi assim com o primeiro livro da TAG que recebi em abril do ano passado, Stoner, de John Williams, que eu não conhecia!!!!!! Eu, que me acho A Conhecedora! Toma!
Sem contar que toda vez que me comuniquei com o pessoal da TAG fui tratada com muita atenção, como uma cliente muito importante e especial pra eles! Ah... se todas as empresas tratassem seus clientes assim...
Em meio aos livros que recebo da TAG vou encaixando outras coisas, claro! E também teve 2 livros da TAG nesse um ano que eu não li, porque não me apeteceu na hora, passei outras coisas na frente e assim caminhamos. Um dia volto a eles – como a tantos outros que estão na fila de espera aqui em casa.
Enfim, quem quiser saber um pouco mais entra lá: www.taglivros.com.br

Boas experiências!

terça-feira, 2 de maio de 2017

#5 Os 12 Hábitos das Pessoas Altamente Produtivas, Rogério Job

Eu chamo isso de auto-ajuda profissional. Baratíssimo no Kindle. Li em um dia. Nada que a gente não saiba. Mas algumas coisas às vezes são tão óbvias, mas a gente não faz. Como não toma muito tempo, vale a pena pra dar uma relembrada, senão eu sugeriria ler um clássico no lugar. Ou um best-seller do momento. Seria mais divertido!

segunda-feira, 1 de maio de 2017

#4 O Xará, Jhumpa Lahiri

Esse foi o livro de fevereiro da TAG (www.taglivros.com.br). Descrevo como uma história de choque de culturas e gerações. Família indiana vivendo nos Estados Unidos. Pais tradicionais; filhos se adaptando mais facilmente. Contratempos, reflexões sobre identidade, hábitos e costumes. Fui meio simplista na descrição, mas é uma história rica a lindíssima! Me emocionou. Super recomendo!