segunda-feira, 28 de agosto de 2017

#19 História da Menina Perdida, Elena Ferrante

Agora que terminei toda a quadrilogia napolitana, e depois de penar pra escrever a resenha do anterior, me deparo com um desafio ainda maior que é escrever sobre o último – o que se torna impossível sem levar em conta todos, já que é uma sequência e a história vem se desenvolvendo ao longo de cada livro e vai-se conhecendo as personagens mais e mais.
A vida impõe desafios ainda mais tortuosos para Lenu e Lila. Elas vivem se aproximando e se distanciando; se magoando e se ajudando. No fim, acho que chego à conclusão que a quadrilogia é sobre a amizade, mas é também sobre a vida e sobre o processo inexorável de envelhecimento e (para muitos) de solidão. Triste e bonito. Mas eu sei que estou sendo reducionista e simplista e que é muito mais que isso. Talvez hoje eu não consiga expressar.

Comecei a série empolgadíssima e continuo. Achei umas das histórias mais bem narradas e amarradas que já li. Lenu tem uns insights (e Lila também é mostrada em algumas nuances) que demonstram como a autora construiu uma personagem sólida, tão real, tão humana, tão verossímil, que parece uma biografia de verdade. Por que não? Ninguém sabe quem Elena Ferrante é mesmo!

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