A
narradora, Lenu, já adulta, conta a história de sua amizade com a Lila desde
quando elas eram duas menininhas de 6 anos de idade até os 16, já numa quase
transição para a vida adulta. A história se passa na Nápoles do final dos anos
50 e começo dos 60. E não, imagine você, não é uma historinha bobinha!! Eu
pensava: “Que burburinho todo é esse em torno dessa tal de Elena Ferrante que,
tal qual o grafiteiro Banksy, ninguém sabe quem é?” Pois fui verificar no
primeiro livro da chamada quadrilogia napolitana. Assim fui laçada desde as
primeiras páginas, chegando a sentir saudade das personagens quando ficava um
dia ser ler, por algum motivo que me impossibilitava! Além de retratar toda a
comunidade em que elas estavam inseridas, com seus personagens muito bem
desenhados, o romance mostra de dentro da cabeça de uma menina (mas com uma
certa consciência por estar escrevendo já depois de adulta) os questionamentos
existenciais da infância e da adolescência, o choque de realidade com algumas
situações vividas, a descoberta do amor e a constatação do não-amor, as
escolhas feitas e a ação do acaso. Terminei a leitura e me senti órfã. Preciso
urgentemente do segundo livro da quadrilogia!
Em tempo: ao escrever esse texto, leio o terceiro livro da série. Talvez algumas ideias minhas sobre "A Amiga Genial" tenham mudado (mas não a intensidade com que me abateu), mas preferi manter o texto que escrevi assim que o terminei. Em breve mais!
Eu tbm vi um monte de gente lendo esse livro. Fiquei curiosa.
ResponderExcluirAdriana,também fui tomada de curiosidade por esta obra e sua fortuna crítica, mas me dei o direito de abandonar a leitura. Não me cativou e senti dificuldade em persistir e continuar.
ResponderExcluirTalvez uma pena,mas como diz Daniel Pennac, abandonar uma leitura é um dos dez direitos do leitor! ;)