quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

#31 A Morte de Ivan Ilitch, Liev Tolstói

Depois de ter me dedicado a Anna Kariênina e amado tanto, me interessei mais por Tolstói. Ao contrário daquele, A Morte de Ivan Ilitch pode ser lido numa tacada só até, pois não passam de 80 páginas.

O personagem do título faz uma reflexão sobre sua vida, à beira da morte, que pode muito bem ser uma reflexão sobre A vida – a sua, a minha, enfim, a existência. Nesse curto, mas não menos denso, romance, está presente uma teia de como são construídas certas relações humanas, baseadas no interesse, na conveniência, na mentira, na falsidade e na futilidade, tanto na família quanto no trabalho.  Como diz o escritor brasileiro Milton Hatoum no texto da orelha, “(...) Ivan Ilitch empreende uma viagem ao inferno, em que a dor física é tão intensa quanto a dor moral. Ambas se completam num sentimento de horror, que se revela através da consciência da morte”. Daí ele busca algum sentido para sua vida. Os russos e o século XIX – um encontro que, pelo menos na literatura, deu muito certo. Como entendem a alma humana!

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