Este romance lançado em 2007 é o 9º do autor
britânico que eu leio e não deixou nada a desejar aos anteriores. Conta a
história de dois jovens ingleses que se casam no começo dos anos 60 e não sabem
como se comportar na noite de núpcias. A falta de experiência, traquejo,
clareza do que querem leva a o que seria hoje um episódio até cômico. Dado o
contexto da época retratada (logo antes de um período de liberação do
comportamento no final da mesma década) se torna um drama na vida desses jovens
e revela várias nuances de personalidade, aspectos de convenção social,
contexto histórico, classe social. Tudo isso impacta no comportamento deles e
em suas vidas.
Como sempre, McEwan sabe contar uma história
como ninguém. A maior parte do que é narrado se passa em poucas horas, mas o
vai-e-vem no tempo dá todas as condições para que tomemos mais contato com os
personagens e de onde eles vem e tenhamos uma noção maior do todo.
Pela concisão do livro (apenas 128 páginas,
que eu teria devorado em dois dias, mas como não vivo disso, demorei uma semana,
e que semana!), construção dos personagens e beleza que se revela, considero um
dos melhores Ian McEwan que li. Ele é, sem dúvida, um dos maiores autores da
atualidade.
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