Alguns anos atrás tomei conhecimento da obra
desse escritor paquistanês pelo seu segundo livro, O Fundamentalista Relutante. Além de eu me interessar pelo tema, caí
de joelhos pela narrativa. Achei um romance contundente e arrebatador. Daí o
interesse por Passagem para o Ocidente.
Para mim, este se trata de uma metáfora sobre a crise migratória que assola o mundo
hoje, com toda a sua complexidade.
A história se passa numa cidade não
identificada, de maioria muçulmana, em que dois jovens, Saeed e Nadia, num
romance meio desajeitado, buscam alternativas para a violência que assola o
local por atos terroristas e guerra civil. Assim, ficam sabendo de passagens secretas
que levam para outras cidades do mundo, sem ter garantia ao certo de onde vão
dar. Ao longo da narrativa, desfilam as mais variadas paisagens e situações
políticas e sociais que fazem o pano de fundo para o relacionamento de Saeed e
Nadia, em meio a temas como desigualdade social, crise dos refugiados e
conflitos culturais e religiosos. Mais atual impossível!
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