Como eu disse uns posts atrás, entrei numa onda de Chimamanda
e li um livro atrás do outro. Este foi o quarto da nigeriana e o primeiro no
geral que termino em 2018.
Dos 4 que eu li (sendo os outros Hibisco Roxo, Meio Sol
Amarelo e No Seu Pescoço), achei Americanah mais parecido com No Seu Pescoço, embora este seja um
livro de contos, pelo fato de tratarem, na minha opinião, mais diretamente da
questão da identidade.
Em Americanah,
estão presentes vários outros temas também fortes nas outras obras que li da
autora, como a opressão ou castração pela religião, o papel da mulher, o papel
da mãe, aspectos políticos e econômicos da Nigéria. Mas aqui a personagem
central, Ifemelu, se vê fora da Nigéria, se vê como uma mulher negra talvez
pela primeira vez – ou pela primeira vez de uma perspectiva diferente –, pois
ser negra na Nigéria é uma coisa diferente de ser negra nos Estados Unidos,
mesmo tendo o green card! Todo o
processo pelo qual Ifemelu passa para se adaptar ao novo país, para conseguir
trabalho, amizades, relacionamentos amorosos vão torneando sua personalidade e
acomodando-a no país que a acolheu sem, no entanto, dissolver sua essência.
Mas principalmente acredito em Americanah como uma linda história de amor. O casal Ifemelu e
Obinze é dos mais memoráveis! Diz-se que a atriz Lupita Nyong’o adquiriu os
direitos para levar a história ao cinema. Espero que ela não demore a fazê-lo.
Dará um belíssimo filme!
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